Por: Editores de Soluções Farmacêuticas da DSM
Ouça Barbara Troesch – Gerente Sênior de Assuntos Científicos da Global Medical Nutrition & Pharmaceutics, DSM – falar sobre o impacto das interações medicamentosas com a vitamina D3, que grupos correm o maior risco e quais são os benefícios da suplementação de vitamina D3 em populações específicas de pacientes.
A vitamina D3 – também chamada de colecalciferol – é mais conhecida por seu papel na saúde óssea e muscular. Mais recentemente, no entanto, ganhou muita atenção por estar associada à imunidade. Porém, apesar de seus importantes benefícios para a saúde humana, uma grande proporção da população mundial tem déficit de vitamina D3. Estima-se que 88% das pessoas em todo o mundo tenham déficit de vitamina D (< 75 nmol/L). 1 Algumas pessoas são especialmente vulneráveis a níveis mais baixos de vitamina D3, incluindo pacientes com distúrbios que afetam sua absorção, como fibrose cística, doença do intestino irritável ou doença celíaca.2
O envelhecimento é outro fator de risco importante para a falta de vitamina D3, uma vez que nossos corpos se tornam menos eficientes na conversão de vitamina D3 em sua forma ativa após a exposição ao sol, as células possuem menos receptores da vitamina D3 e a função dos órgãos diminui com o avançar dos anos. Ao mesmo tempo, os idosos são mais propensos a usar vários medicamentos, e há evidências crescentes que mostram que vários medicamentos frequentemente prescritos podem afetar o metabolismo da vitamina D3.
Vários medicamentos podem diminuir o apetite ou alterar a forma como um nutriente é absorvido, armazenado ou metabolizado no corpo, afetando seu estado. Ao mesmo tempo, alimentos ou nutrientes específicos podem alterar a ação dos medicamentos, alterando a absorção ou o metabolismo deste – tornando o medicamento mais rápido, mais lento ou impedindo-o de funcionar. Portanto, ao considerar o número atualmente disponível de medicamentos Rx e OTC, há um grande potencial para interações medicamento-nutriente.3
Na entrevista com o especialista, Barbara explica que muitos medicamentos prescritos com frequência, como aqueles que controlam condições crônicas de longo prazo – como hiperlipidemia, asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), artrite, diabetes e depressão4 – são susceptíveis a interagir com a vitamina D e afetar seu nível e seu metabolismo3. Por isso, a suplementação com vitamina D3 pode desempenhar um papel importante na redução de efeitos adversos nesses pacientes.
A terapia com estatina no tratamento da hiperlipidemia é fundamental para o controle do colesterol e a redução do risco de doença arterial coronariana. Porém, 10% dos pacientes apresentam sintomas musculares provocados por estatinas (SAMS)5, que é uma das causas mais comuns de abandono e descontinuação de seu uso. O SAMS está associado à condição de baixa vitamina D3 e alguns relatos mostram que a suplementação com vitamina D3 leva à regressão dos sintomas miopáticos em mais de 90% dos pacientes.6,7,8 Estudos também demonstram que pacientes que interromperam o tratamento com estatinas devido ao desenvolvimento de miopatia foram capazes de retomar a medicação sem sintomas quando usados em conjunto com suplementos de vitamina D3.9,10 A suplementação de vitamina D3 pode, portanto, ajudar no uso das estatinas, prevenindo o surgimento de efeitos colaterais e reduzindo os efeitos colaterais miopáticos.
Os corticosteroides, usados para tratar asma, alergias, artrite e outras condições que envolvem inflamação, podem aumentar o risco de perda óssea e fraturas – tornando este tratamento uma das principais causas de osteoporose secundária.11 A vitamina D3 pode desempenhar um papel importante na redução da probabilidade de efeitos adversos na saúde óssea em pacientes que necessitam de corticosteroides como parte de seu tratamento de longo prazo. Esse fato é especialmente relevante para as pessoas que não conseguem atingir a ingestão recomendada de vitamina D3, ou aquelas que tem alto risco de fraturas ósseas e osteoporose (mesmo quando não estão em tratamento com corticosteroides), como os idosos ou mulheres na pós-menopausa.3 Além disso, vários estudos transversais mostraram que a redução dos níveis séricos de vitamina D3 em pacientes com asma estão associados à função pulmonar prejudicada, aumento da resposta de hipersensibilidade das vias aéreas e redução da resposta aos corticosteroides.12 Isso mostra que a suplementação com vitamina D3 nesses pacientes pode melhorar vários parâmetros de gravidade da asma e resposta ao tratamento, além da saúde óssea.
Há muitas oportunidades para incluir a vitamina D3 no cuidado padrão dos pacientes – especialmente quando há uso prolongado de medicamentos que afetam o metabolismo da vitamina D3. No entanto, mais estudos são necessários para trazer mais conhecimentos sobre as interações medicamentosas com a vitamina D3 e confirmar os benefícios adicionais da suplementação em populações específicas de pacientes, bem como as doses recomendadas. Baseados nessas informações, os fabricantes de RX e OTC podem tomar medidas para inovar e integrar a vitamina D3 em certas terapias. Além disso, é preciso aumentar a conscientização sobre esses tipos de interações e educar os profissionais de saúde para que possam identificar e monitorar pacientes suscetíveis a interações medicamentosas com a vitamina D3 ou que tenham déficit de vitamina D3.
A DSM está empenhada em melhorar a eficácia dos medicamentos e os resultados dos tratamentos, além de atender às necessidades do mercado. Com mais de 70 anos de experiência na produção e garantia de um fornecimento sustentável de ingredientes farmacêuticos ativos, a DSM tornou-se uma parceira confiável no desenvolvimento de terapias que mudam a vida das pessoas com segurança e eficiência.
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21 July 2021
3 min read
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