Suplementação com ômega-3 durante a gestação
A baixa ingestão de ácidos graxos poli-insaturados de cadeia longa n-3 (n-3 LCPUFA) pode contribuir para o aumento da incidência de problemas respiratórios e asma. A incidência de problemas respiratórios duplicou nos países ocidentais nas últimas décadas. Atualmente, 1 em cada 5 crianças é acometida por esse distúrbio1. Essas mudanças foram concomitantes com o aumento da ingestão de ácidos graxos poli-insaturados n-6 através do consumo de óleo vegetal e com a diminuição da ingestão de ácidos graxos poli-insaturados n-32, particularmente ácidos graxos poli-insaturados de cadeia longa (LCPUFA), ácido eicosapentaenoico (EPA) e ácido docosahexaenoico (DHA), derivados principalmente de peixes de água fria. Estudos epidemiológicos observaram que uma dieta deficiente de n-3 durante a gestação aumentou o risco de asma e distúrbios respiratórios nos recém-nascidos3.
Um relatório recente4 de um ensaio clínico duplo cego controlado por placebo revelou que a suplementação com n-3 LCPUFA no terceiro trimestre de gestação reduziu o risco absoluto de distúrbios respiratórios, asma e infecções do trato respiratório inferior em recém-nascidos. Nesse estudo, realizado na Dinamarca, 736 gestantes na 24ª semana de gestação foram atribuídas randomicamente para receber 2,4 g por dia de n-3 LCPUFA (55% EPA e 37% DHA) ou placebo até uma semana após o parto. Esse nível de ingestão de LCPUFA foi 10 vezes superior à ingestão diária normal da Dinamarca e 20 vezes superior à de outros países, incluindo os EUA e o Canadá. As crianças foram acompanhadas até os 5 a 7 anos de idade. Diariamente, as mães preencheram um diário para monitorar sintomas relacionados ao pulmão, como tosse, chiado, infecções do trato respiratório inferior e dificuldade para respirar. Após os 3 anos de idade, o chiado persistente foi considerado asma.
Os investigadores dinamarqueses descobriram que a suplementação com n-3 LCPUFA no último trimestre da gestação causou um risco reduzido significativo de 31% no chiado persistente ou na asma nas crianças. Em crianças de mães que tinham baixos níveis de EPA e DHA (tercil mais baixo) no sangue, o efeito da suplementação foi maior, levando a uma redução significativa de 54% no risco de chiado persistente ou asma no recém-nascido. Essas mudanças positivas no risco de chiado persistente ou asma devido à suplementação com ácidos graxos no terceiro trimestre permaneceu a mesma nas crianças até 7 anos de idade.
Os achados desse estudo são interessantes porque sugerem que a saúde pulmonar de uma grande quantidade de crianças do mundo todo poderia melhorar se as mães aumentassem a ingestão de n-3 LCPUFA no terceiro trimestre de gestação.
4 dezembro 2018
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[1] Mallol J. et al. 2010. International prevalence of recurrent wheezing during the first year of life: variability, treatment patterns and use of health resources. Thorax 65:1004-1009.
[2] Blasbalg TL. 2011. Changes in consumption of omega-3 and omega-6 fatty acids in the United States during the 20th century. American Journal of Clinical Nutrition 93:950-962.
[3] Blümer N, Renz H. Consumption of omega3-fatty acids during perinatal life: role in immuno-modulation and allergy prevention. J Perinat Med 2007; 35: Suppl 1:S12-8.
[4] Bisgaard H. et al. 2016. Fish oil-derived fatty acids in pregnancy and wheeze and asthma in offspring. New England Journal of Medicine 375:2530-38.
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